Sorodiagnóstico de brucelose equina pelas provas do antígeno acidificado tamponado, 2-mercaptoetanol, fixação de complemento, polarização fluorescente e utilização de sistema de digitalização e processamento de informações para o diagnóstico da brucelose
A brucelose dos equídeos caracteriza-se como doença infecto contagiosa crônica, com caráter zoonótico, causada pela bactéria gram-negativa do Gênero Brucella (Júnior et al., 2015; Megid et al., 2016). Desta maneira, manifesta-se sob a forma de lesões articulares crônicas, denominadas “Mal da Cruz ou Abscesso de Cernelha” e raros abortamentos. As lesões mais sugestivas da doença são representadas por inflamações em ligamentos e/ou bursites, em contrapartida, também são reportados portadores assintomáticos (Viana et al., 1981; Ribeiro et al., 2008; Junior et al., 2015). A Organização Internacional de Epizootias classifica a brucelose como doença da Lista B, onde estão incluídas as enfermidades que tem importância socioeconômica e ou para saúde pública e consequências significativas no comércio de animais (Acha e Szyfres, 2003). Em equídeos esta enfermidade, merece preocupação em virtude das lesões debilitantes, pela sugestão da eutanásia dos animais infectados, pela possibilidade de serem fontes de infecções para outras espécies domésticas, assim como, seu caráter zoonótico (Ribeiro et al. 2003, Radostits et al. 2007; Junior et al., 2015). A dificuldade de isolamento do agente em determinadas lesões e a contaminação por micro-organismos oportunistas, são fatores limitantes para o diagnóstico desta doença (Ribeiro et al. 2003, Radostits et al. 2007; Júnior et al., 2015; Megid et al., 2016). Frente a essas dificuldades, o diagnóstico sorológico da brucelose tem sido amplamente recomendado em humanos e animais(Acha, Szyfres, 2003). O diagnóstico sorológico da brucelose no Brasil foi modificado pela Instrução normativa No2, de 10 de janeiro de 2001, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, deflagrado pelo Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose - PNCEBT (BRASIL,2009). O PNCEBT preconiza o sorodiagnóstico da brucelose pelas provas do antígeno acidificado tamponado (AAT), 2-mercaptoetanol (2-ME) e fixação de complemento (FC). O AAT é recomendado como método de rotina (triagem), enquanto o 2-ME e FC como provas confirmatórias, embora somente a FC seja preconizada para o comércio e trânsito internacional de animais (BRASIL, 2009). Para se chegar ao resultado de forma ágil e com informações integras o exame deve ser analisado utilizando técnicas de processamento de imagem digital através de um ambiente computacional, que devido a suas naturezas permite o processamento das componentes da imagem de maneira eficaz. Segundo Pedrini e Schwartz (2008) o processamento de imagem digital se constitui de um conjunto de regras para capturar, representar e transformar imagens com auxílio de um computador. Utilizando está técnica pode-se extrair e identificar informações das imagens facilitando a percepção humana e intepretação. As técnicas de processamento de imagem digital atuam hoje em diversas áreas como a biologia, medicina, automação industrial, segurança e vigilância. Especificamente na área medicinal o processamento de imagens de forma digital pode ser útil ao auxiliar o diagnóstico de doenças, como exemplo o câncer. Considerando o grande rebanho equino no Brasil, o potencial zoonótico da brucelose, o impacto negativo da doença nos plantéis e a falta de um padrão nos resultados de exames, o presente trabalho visa o desenvolvimento e aprimoramento do “SISTEMA DE DIGITALIZAÇÃO E PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÕES PARA O DIAGNÓSTICO DA BRUCELOSE EQUINA”, constará com além dos dados necessários para a identificação dos animais uma imagem digitalizada do resultado do seu exame do Antígeno Acidificado Tamponado.
Estágio de desenvolvimento do projeto Pronto para o mercado (licenciamento/transferência de tecnologia a terceiros)
O principal Eixo Tecnológico ligado ao projeto: Ambiente e Saúde
Unidade em que é/será realizado o projeto: Fatec Botucatu
Nome completo do responsável pelo cadastro da unidade: Geraldo de Nardi Junior
Telefone da unidade: 14-38143004
Endereço de e-mail institucional: geraldo.nardi@fatec.sp.gov.br
